Em 1986, o americano Jeffrey Bailey Jr, de 9 anos, foi
deixado sozinho com o amiguinho Ricky Brown, de 3. Jeffrey sabia que o menino
tinha medo de água e não sabia nadar. Mesmo assim, levou-o para a piscina e o
empurrou lá dentro. Ricky se debateu por vários minutos, gritando por socorro.
“Em vez de estender o braço, Jeffrey puxou uma cadeira para assistir à morte do
menino. Depois foi para casa”, diz a psicóloga forense Katherine Ramsland, da
Universidade DeSales, nos EUA. Ao se encontrar com um vizinho, Jeffrey
perguntou “o que era a gosma branca” que sai do nariz de uma pessoa que se
afoga. A polícia encontrou o corpo de Ricky às 18h40, cerca de 8 horas após o
afogamento. “Foi um acidente”, mentiu Jeffrey. “Ao ser interrogado, o garoto se
mostrou indiferente à morte do amigo. Ele estava mais preocupado em ser o
centro das atenções do que em sentir qualquer tipo de remorso pelas coisas que
havia feito”, conta Ramsland.
A história ajuda a entender a mente psicopata. É comum que
crianças (normais) tenham dificuldade de lidar com emoções. Podem ser
impulsivas, narcisistas ou agressivas, bater nos irmãos por ciúme ou egoísmo.
“Mas quando uma criança comete atos assim por sadismo, e sem sentir remorso ou
culpa, pode-se suspeitar de psicopatia”, diz o psicólogo forense americano Carl
Gacono. “Outro elemento é a falta de empatia, a incapacidade de se colocar no
lugar do outro.” Segundo Gacono, esses 4 sinais – sadismo, falta de remorso,
falta de culpa e ausência de empatia – podem ser detectados entre 6 e 9 anos,
quando a personalidade está se formando.
“Ele não demonstrou remorso, e estava desfrutando ser o
centro das atenções.” – Katherine Ramsland, psicóloga Forense, EUA
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