segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O Nome de Um

São palavras atribuídas a outros seres humanos para identifica-los aos seus semelhantes. Nós passamos dia após dia, chamando uns aos outros, usando palavras especificas para descrever determinadas pessoas. Mesmo não sabendo o nome delas, usamos atributos como ‘aquela mulher loira’ ou ‘aquele cara de barba’. Todas essas palavras descrevem e nomeiam as pessoas em torno de nós. Essas palavras nos guiam. Mas como seria se não houvessem nomes? O que seria da vida sem eles? Será que nossos pensamentos continuariam coerentes? Será que conheceríamos uns aos outros?

Os populares ‘talk shows’ não existiriam nessa realidade, por que eles não poderiam nomear aqueles com quem iriam falar. A confusão se seguiria nas eleições presidenciais, assim que nenhum de nós saberia como votar em alguém. A escola seria complicada, como você não poderia conhecer pessoas novas e nunca ia encontrar ninguém que já conhecesse. Nossas mentes se encheriam com coisas, mas não saberíamos usá-las para descrever alguém, não teríamos como nomear algo. Palavras como “loira” ou “barba” não teriam nenhum significado, pois esses eram uma forma de nomear alguém. Linguagens logo não seriam mais funcionais. Se não existem nomes, nada para descrever uma pessoa, então, será que elas realmente existiriam? Elas poderia existir? Foi pra isso então que os nomes foram inventados, para manter a realidade humana no lugar? É esse o preço a pagar para ser retido de uma palavra que lhe foi dada, que você nem ao menos pode escolher? Estar preso a uma palavra que vale a sua existência? Pessoas que mudam seu nome, podem criar uma nova realidade ao redor delas. Se separar de uma dessas palavras em particular pode abrir milhares de possibilidades. Também, essas pessoas que lhe nomeiam, por acaso te possuem? Está você submetido ao poder dela, por vontade própria? Nós nomeamos animais e, pela cultura de nossa atual sociedade, esses animais que nomeamos são nossos. Se o governo lhe nomear, isso pode então significar que eles o tem? Essa é a conclusão que eu cheguei.

Agora você deve estar confuso sobre o por que de eu ter lhe perguntado todas essas questões. Você já pode ter saído daqui, afinal, os delírios de uma louca enviada para torturar o seu subconsciente não é algo que valha a pena esperar para terminar de ouvir. Exatamente o que os seus captores querem que você pense. Quem você acha que começou com o processo de nomeação? Não seriam as pessoas que lhe possuem, assim como a toda raça humana? A realidade é o que acreditamos ver no mundo em que vivemos, o mundo do qual não queremos nos afastar, quando, na verdade, é o mesmo que nos mantém reféns, que nos impede de ter a verdadeira liberdade. Agora que você percebeu isso, eu tenho uma ultima pergunta para você.


Qual é o seu nome?
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