Roberto Aparecido Alves Cardoso sofreu anóxia (falta de
oxigênio) durante o parto. Dezesseis anos mais tarde, arquitetou o assassinato
do casal de namorados Liana Friedenbach, de 16, e Felipe Caffé, de 19. Roberto
Cardoso é o Champinha, autor de um dos crimes mais famosos do Brasil recente.
Qual a ligação entre as duas coisas? Ele é considerado um pseudopsicopata, ou
seja, uma pessoa que se comporta como psicopata devido a um dano físico sofrido
pelo cérebro – no caso, a anóxia.
Champinha estuprou Liana por 5 dias e depois a matou a
facadas. Felipe recebeu um tiro na cabeça. Os comparsas de Champinha foram
condenados a 177 anos de prisão. Como era menor, ele foi para a Fundação Casa e
em 2007 foi internado na Unidade Experimental de Saúde (UES), em São Paulo,
onde está até hoje. No ano passado declarou, por meio de seu advogado, que não
vê “sentido” em ficar preso e gostaria de estudar para ser veterinário. Sua
rotina na UES se resume a comer, dormir e assistir aos jogos do Corinthians.
Pessoas como ele poderiam um dia ser reintegradas à
sociedade? Talvez não. A maioria dos especialistas acredita que a psicopatia
tenha um componente genético. Segundo essa teoria, uma boa educação não seria
capaz de impedir que a criança se tornasse má. No máximo atenuar o transtorno.
Em vez de assassino, o indivíduo poderia virar um executivo inescrupuloso ou um
político corrupto, por exemplo.
“Um assassino assim não pode viver em sociedade.” – Ari
Friedenbach, Pai de uma das vitimas. Brasil.
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