Eu sei, eu pequeninho. Eu sei. Você pede para caçar, para
matar. Você tem fome de sangue quente e carne viva. Eu sei que já faz muito
tempo. Mas fique quieto apenas mais um pouco, meu filho.
Sim, meu bebê, eu posso ver que ele não sabe que estamos
aqui. Mas você precisa manter a calma por mais um tempo. É tudo uma questão de
auto controle, docinho. Você precisa ser capaz de se controlar. Você tem que
encontrar o seu limite.
Eu sei que o cheiro dele é delicioso querido, eu sei.
Shhh, minha flor. Ele ouve você. Olhe. Veja como ele se
projeta sobre a tela. Eu sei que ele está nos olhando, bebê. Mas ele também
sente algo parecido. Os humanos podem sentir isso, se não você não for
cauteloso. Geralmente eles vão ignorar a sua presença, ou ignora-lo, pensando
ser apenas paranoia de sua cabeça, mas ainda assim, você deve ficar quieto.
Deve ficar no limite.
Veja só. Ele está calmo novamente. É mais fácil dessa
maneira.
Não, pequeninho, não seria mais divertido caça-lo. Lembra da
ultima vez que deixei você tentar isso? A menina quase escapou. Eu precisei de
algumas horas para limpar as coisas depois dela. Não… É muito melhor esperar no
escuro, esperar sua guarda baixar… E então…
Não se preocupe, docinho. Seus irmãos e irmãs eram como você
no começo. Loucos pela caça, loucos pelo prazer de ter a presa sobre suas
garras. Você vai ficar bem. Terá o controle. Só precisa de mais prática. E é
por isso que a mamãe está aqui, para ensinar-lhe. É isso que as mães fazem.
Vê só como seus olhos estão lentamente se fechando? Não
falta muito tempo agora.
E lá vamos nós… Ele finalmente se rendeu.
Luzes apagadas, completa escuridão. Sempre espere as luzes
apagarem, bebê. É muito mais divertido no escuro.
Ouça-o respirar.
Ah, meu pequeninho, eu não aguento vê-lo assim… Não posso
deixar você esperar por muito mais tempo. Vou te dar mais uma chance. Vá em
frente, sacie sua fome, divirta-se.
Podemos tentar novamente com o próximo…
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