Há alguns anos, a prima de um de meus amigos ganhou um
celular como presente de aniversário. Mãe solteira, a garota trabalhava o dia
todo e voltava para casa somente à noite junto à companhia de seu único filho.
Como o acessório era visto como “brinquedo” pela criança, nada mais natural que
um pouco de diversão às custas do gadget. “Desde que você não faça chamadas ou
envie mensagens, pode brincar, filho”, disse a menina.
O garoto logo enfurnou-se em seu quarto e começou então a
fuçar no novo celular. Por volta das 23h20, a mãe do menino decidiu que já era
hora de dormir. Mas não deu outra: seu filho já estava cochilando e deixara de
brincar com o aparelho. A prima deste meu amigo quis então verificar o que o
menino tanto fez. Alteração de plano de fundo e personalização de toque de
chamada foram algumas das mudanças notadas.
Mas a surpresa estaria por vir: ao acessar a galeria de seu
celular, uma foto de seu filho dormindo apareceu; acontece que ele estava em
segundo plano e a metade de um rosto ocupava parte da imagem. Alguém entrou
sorrateiramente no quarto do menino e tirou a foto? Ou algo sobrenatural
aconteceu?
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