Os filmes de terror estão repletos de histórias com casos
sinistros, sejam demoníacos, com presença de espíritos, assassinos loucos ou
muitos outros tipos de seres assustadores. Felizmente, essas histórias são
criadas pela imaginação dos criativos roteiristas de Hollywood – ou não. Medo!
Muitos dos enredos dos filmes de terror tiveram algum tipo de inspiração em
casos reais – claro, com as devidas alterações aqui e ali para deixar as
histórias mais interessantes para o grande público. Veja alguns dessas lendas
reais que invadiram os filmes:
1 – Robert The Doll e Chucky
O clássico filme “Brinquedo Assassino”, de 1988, é lembrado
hoje por muitos adultos como um dos filmes aterrorizantes da década de 80. A
mãe de um menino dá para um filho um boneco de presente, que depois é revelado
estar possuído por um serial-killer e faz coisas erradas para culpar o pobre
menino. O resultado? Bem, o nome do filme já diz.
Acontece que esse enredo é parcialmente baseado em uma
história que ocorreu no começo de 1900 em Key West, na Flórida. O solitário
menino Gene Otto ganhou de seus pais um boneco em tamanho real, feito
especialmente para ele. Gene o nomeou de Robert e passou a ficar bastante tempo
com o brinquedo, vestindo-o como ele próprio, dormindo com ele e fazendo com
que o boneco se sentasse com a família no momento das refeições.
Uma vingança em forma de maldição
A lenda diz que as coisas ficaram esquisitas quando uma das
empregadas da família Otto se irritou com os patrões por ser tratada
injustamente, e que por isso lançou um feitiço vodu para o boneco ganhar vida
(algo semelhante ao que ocorreu com Chuck). Depois disso, os pais de Gene Otto
o ouviam conversar com Robert e o boneco respondê-lo com um timbre de voz
sinistro. Além disso, objetos na casa começaram a ser quebrados e
desaparecidos, fazendo com que Gene culpasse Robert por tais ações.
Assustados, os pais trancaram Robert no sótão para que ele
fosse esquecido. Depois que os pais de Gene morreram, o garoto recuperou o
boneco do sótão e continuou a cuidar dele, mesmo depois de já ser adulto –
relatos dizem que os dois jantavam juntos todas as noites. Depois da morte de
Gene, Robert foi entregue ao museu da cidade, dado as circunstâncias esquisitas
que envolviam sua história.
2 – Poltergeist e os antigos romanos
O icônico filme “Poltergeist”, de Steven Spielberg, fez
bastante sucesso quando foi lançado em 1982, trazendo um grupo de familiares
que moravam em uma casa que esconde um segredo terrível – e que por isso possui
espíritos e manifestações paranormais. Por mais que casas assombradas sejam
algo relativamente comum em filmes de terror, é interessante notar que elas
tiveram origem há séculos atrás, mais especificamente com os antigos romanos.
Escritos romanos antigos que datam ao início do século um
revelam que casas assombradas por espíritos existem há mais dois mil anos por
aí. Um escritor chamado Pliny, conhecido como “O Novo”, foi responsável por
escrever um relato de algo muito estranho que ocorreu quando um filósofo se
mudou para o vilarejo onde Pliny estava vivendo.
A típica casa mal-assombrada
O filósofo foi informado de um casarão antigo e barato, que
as pessoas não moravam por julgar estar abandonado. Sem opções, o homem optou
por viver em tal lugar temporariamente. Relatos dizem que o filósofo acordou de
noite com o som de correntes arrastando pelos corredores e gemidos
fantasmagóricos. O fantasma de um homem com uma longa barba apareceu na frente
dele, fazendo gestos para que o filósofo o seguisse.
No jardim do casarão, o fantasma apontou um local. No dia
seguinte, o filósofo desenterrou o espaço indicado e encontrou o corpo de um
homem acorrentado. Depois de dar um enterro próprio para o desconhecido
cadáver, Pliny escreveu que o casarão deixou de ser assombrado. E essa história
foi escrita há aproximadamente dois mil anos! Realmente, parece que as
histórias de casas assombradas não são mesmo mais originais...
3 – Suicídios em série e a música Gloomy Sunday
Os filmes japoneses “Clube dos Suicidas” e “A Música do
Suicídio” possuem algo em comum: ambos falam de músicas que estimulam as
pessoas a cometer suicídio, como se fossem algo hipnótico. Esses dois filmes
são extremamente parecidos e por mais que você pense qual está copiando qual,
saiba que eles tiveram uma mesma inspiração: a música “Gloomy Sunday”, do
cantor húngaro Rezso Seress – que também cometeu suicídio.
Nós já detalhamos esse caso no Mega Curioso, como você pode
conferir aqui. A história real dessa música diz que ela foi responsável pelo
suicídio de mais de 100 pessoas que se mataram em diferentes situações, porém
todas estimuladas pelos sons da música sinistra. A música é de 1930 e se tornou
rapidamente popular na Hungria, que também é o país com um dos maiores índices
de suicídio do mundo. Se a música realmente possui um poder sobrenatural ou não
nós não podemos afirmar, porém é certo que o conteúdo dela é bastante fúnebre.
4 – O Apocalipse Zumbi e os escritos mesopotâmicos
É certo que o Apocalipse Zumbi não é algo exatamente
original, já que inúmeros filmes, séries, livros e jogos já trataram
exaustivamente do tema – ainda mais hoje, quando os zumbis estão na moda.
Contudo, esse fim do mundo repleto de mortos-vivos é um conceito muito mais
antigo do que você pode imaginar (mais especificamente, com quatro mil anos de
idade), originado nas crenças e lendas mesopotâmicas.
Na “Epopeia de Gilgamesh”, um dos mais antigos poemas da
Mesopotâmia, há um trecho em que Ishtar, deusa do amor, da fertilidade, da
guerra e do sexo (uma combinação um tanto excêntrica), é rejeitada por
Gilgamesh. Como vingança, ela ameaça lançar um exército de mortos-vivos sobre o
mundo. “Eu deixarei os mortos subirem à Terra e comerem os vivos, e os números
de mortos superará o número de vivos”, dizem algumas das frases do poema.
Créditos: Megacurioso.com.br
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