A história diz que a Konami, em busca de um game para
combater a série Resident Evil, saiu a procura de um bom enredo para
concretizar o seu jogo. Centenas de enredos chegaram ao escritório da
produtora, porém, nenhum agradou o produtor Keiichiro Toyama, que na sua ansia
de derrotar a série da Capcom, iniciou uma saga pesquisando histórias de terror
do mundo todo. Terminou por encontrar uma lenda de uma cidade dos EUA, chamada
Centralia.
Toyama, instigado, resolveu investigar mais essa sinistra
história e enviou representantes da Konami dos EUA visitar as cidades vizinhas
à Centralia, com objetivo de desmembrar esses impressionantes e assustadores
relatos que ocorreram naquele lugar. A investigação rendeu muitos frutos, entre
eles, um diário, comprado pela bagatela de 10 mil doláres de um dos moradores
do distrito de Ashland, J. S. Manson, um comerciante que confessou ser de um
parente desaparecido, morador de Centralia em 1960. O diário era um caderno de
capa-dura de couro, bastante velho e desgastado, com as letras “H. Manson”
marcados no canto inferior direito da capa.
O diário, segundo um dos membros da Equipe de Toyama, (que
preferiu ficar no anonimato para evitar um possível processo), relatava
histórias terríveis e assustadoras que atormentaram toda a equipe de produção
do game, até mesmo, os mais incrédulos. Um pouco diferente da protagonizada por
Harry no primeiro game, o diário expõe as preocupações de um pai com sua filha
menor frente aos acontecimentos sinistro que estavam ocorrendo na cidade. O
diário ia de encontro com as lendas locais que a equipe da Konami recolheu
junto aos moradores das cidades que rodeiam Centralia.
De acordo com o Anônimo, ex-membro da Konami, o diário tinha
mais de 354 páginas datadas. Mais de 132 delas eram apenas “acontecimentos
rotineiros” que Manson registrava. O diário é continuação de um outro diário ao
qual eles não tiveram acesso. Tudo muito
tranqüilo, até que algo de bizarro começa a acontecer na cidade e então os
elementos tão marcantes visto no Game começam a aparecer nas palavras de Manson
. O mais assustador, talvez, seja o escurecimento repentino que ocorria na
cidade e o que acontecia a seguir. Manson, conta desesperado em uma das páginas
que, em certo dia de Agosto de 1960 (17 ou 18 de agosto), a cidade simplesmente
ficou completamente as escuras, 11 e 45 da manhã. O Sol sumiu e os moradores
não sabiam o que havia ocasionado tal fenômeno. Manson era uma pessoa muito
religiosa e temeu o pior. Percebe-se em seu relato que o mesmo pensava que se
tratava do “fim dos tempos”. Agarrou sua filha e correu para dentro de casa,
permanecendo quase todo dia e noite dentro de um pequeno santuário construído
em uma das salas da sua casa. De lá, disse que ouviu gritos o tempo todo e um
grande temor pela sua vida e de sua filha. Quando a luz do Sol surgiu
novamente, Manson narra que saiu as ruas para verificar o que ocorrera. Enfim,
descobriu que muitas pessoas, entre eles vizinhos e parentes simplesmente desapareceram.
As autoridades locais tentaram abafar o caso, apesar da
insistência de populares querendo explicações lógicas para o evento. Depois
disso, tal fenômeno começou a ocorrer com certa freqüência, sendo que Manson
sempre tomava as mesmas medidas: ao inicio do escurecer, resgatava sua filha
menor e corria para dentro do pequeno santuário, ficando lá até a luz do Sol
brilhar do lado de fora.
Manson fala, dias após o inicio desses eventos, que irá se
mudar, que não suporta mais aquilo e que as pessoas estão desesperadas e o
número de desaparecidos estava crescendo, enquanto as autoridades lutam para
que a história seja restringida ao olhar do público da Pensilvania. Manson
suspeita de magia negra, conspira contra o xerife, contra o prefeito e todos que
desconfia.
Uma das partes mais assustadoras do diário, a penúltima
página, é o relato de Manson sobre algo incomum que ocorreu durante a repetição
do evento sombrio. Quando começou a escurecer, 21 de Abril de 1961, por volta
das 10 e 32 da manhã, Manson faz o mesmo procedimento: corre e pega sua filha
que está no quintal de casa nos braços e se esconde no pequeno santuário.
Atordoado, Manson diz que rezava quando escutou a voz de um primo, na porta da
sua casa, grunhido, parecendo um pedido para abri-la. Seu primo havia
desaparecido em um desses macabros acontecimentos meses atrás e Manson fica na
dúvida se abre ou não a porta. Resolve então espiar pelo vão da porta do
santuário. A sua porta parece receber golpes do “tal primo”, tamanho era o
tremor que apresentava. Manson, preocupado imaginando que não é o seu primo que
está na porta, decidi sair do Santuário e dar uma espiadinha pela janela da
sala. Foi o seu erro! No lado de fora estava o seu primo, no entanto, não da
forma como o conhecia. Ele era uma criatura completamente retorcida, parecia
estar amarrado com uma espécie de metal que perfurava e atravessava diferentes
regiões do seu corpo. Totalmente dilacerado, a figura se debatia e golpeava com
o tronco a porta da sua casa. E o pior: não estava só! Na rua, em frente em sua
casa, haviam outras criaturas. Na
esquina, corpos empalados queimavam ainda vivos. O cenário apresentado era um
“inferno” versão Centralia. Manson ficou tão assustado que desmaiou de imediato.
Acordou com sua filha beliscando o seu rosto. Manson escreve a sua ultima
página dizendo que está muito doente, que há algo estranho, que não consegue
esquecer o que viu e que teme não consiga salvar a sua filha desse fim…. e
aparentemente não conseguiu, já que de Manson e sua filha, nada mais se sabe
além da ultima página do diário.
Segundo o autor da acusação Anônimo, o diário ainda existe e
está sob o poder de Toyama. O autor também fala sobre a superstição de Toyama
com o diário que virou uma espécie de amuleto da sorte para o produtor.
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